Queridos amigos, dando continuidade a minha história cá estou eu lhes escrevendo num lugar onde celular não funciona, internet só das 18pm às 10am, sem televisão e longe de tudo e todos!
Vamos aos meios...
Na manhã do terceiro dia acordei animado, fazia frio, mas a empolgação era tanta que nem me liguei aos pequenos detalhes. Arrumei minha bike, coloquei as malas e parti rumo a Sheffield, a segunda cidade da minha rota. Meu primeiro erro foi querer amarrar minhas malas na traseira da bike, o que deixou a dianteira muito leve e também"jogando para a esquerda", Como conseqüência, em uma descida quando olhei pra trás checando se vinha algum carro, não percebi que fui jogado pra esquerda da estrada e ao passar para terra o pneu derrapou e bum, levei um capote de boas vindas. Por sorte a estrada estava vazia no momento e então após xingar um pouco me levantei. Primeiro conferi a bike e vi que não tinha quebrado nada, depois conferi minhas roupas e percebi um pequeno rasgo na altura do cotovelo, acompanhado por um barato arranhão no mesmo. Depois do alerta de "BURRO", desamarrei a mala, a coloquei nas costas e segui em frente. Pelo caminho me deparei com alguns problemas: estradas sem acostamento e muitas, mas muuuuitas subidas íngremes ( até achei que tivesse em Minas ). Depois de vence-las com certa dificuldade durante 30kms, cheguei a Sheffield.
Já na cidade, descobri que o lugar que eu havia reservado era a 14 quilômetros dali. Eu estava cansado mas sabia que dava conta, então fui. Pelo caminho vi belas paisagens e o dia estava ótimo para um pedal, fazia um Sol suficiente para esquentar sem sentir calor. Minhas pernas davam sinal de que precisavam de um descanso, mas eu continuei até encontrar o lugar onde estou nesse exato momento que lhes escrevo, Gowrie Park. Situado aos pés do Mt Roland, essa pousada é um ótimo lugar pra descansar e se sentir bem perto da natureza, aqui você é obrigado a tirar um tempo para pensar na vida, ler um livro e observar a natureza; visto os impedimentos citados no começo da história. Adorei o "retiro" e com certeza recomendo!
Finalmente....
Conquistas:
Cheguei onde queria pedalando e apesar da dificuldade fui recompensado com um lugar maravilhoso e que me deu tempo pra fazer coisas que não fazia a tempos. No fim ainda consegui fazer uma fogueira que durou horas, coisa que nunca tinha conseguido! Coisa boba, mas me deixou feliz kkkkkkkk.
Imprevistos:
Nem tudo correu como planejado. O plano inicial era ficar por aqui um dia descansando e então seguir para Craddle Mountain, porém no dia da partida choveu (sem brincadeira) o dia inteiro sem parar, o que me fez perder um dia de reserva no hotel da montanha e pagar mais uma estadia na pousada que estou. (Nota: muita inocência da minha parte não olhar a previsão... sim, mas eu nunca imaginei ficar sem internet na Austrália). Assim, por segurança, resolvi pegar um ônibus para lá amanhã (15/07) as 11 da manhã.
Erros:
Essa seção serve para futuras viagens e para aqueles que estão por fazer o mesmo. Por ser precavido de mais eu acabei trazendo excesso de peso. Por mais que pareça desagradável é possível sim usar a mesma camiseta por 3 dias já que faz frio (o que inibi o suor ) e você está sozinho, ninguém vai parar pra reparar que você está usando as mesmas roupas. Durante o período que fica no hostel você pode ir lavando suas cuecas e meias, o que ajuda na economia.
Obrigado a você que leu e espero ter lhe proporcionado uma leitura interessante. Até a próxima.
Vinícius B. Maretti
Nesse blog você lerá um pouco sobre o que eu penso ou algo que achei interessante repassar. Sente-se na poltrona ali atras e sinta-se a vontade pra comentar, criticar ou elogiar.
domingo, 28 de julho de 2013
domingo, 21 de julho de 2013
Férias na Austrália - História e primeiros dias
Caros amigos, nosso último encontro foi a muito tempo atrás e desde então muita coisa aconteceu. Conheci muita gente, viajei pela Austrália, senti saudade de casa, dos amigos, do cachorro, da família e de muito mais coisa ( por exemplo de lanche de carrinho, aqueles chapa suja que você come depois da balada ). Hoje, 14 de Julho, cá estou eu num lugarzinho ermo porém aconchegante e belo bem no meio da Tasmânia. Quero deixar claro que todos os posts relacionados a essa viagem foram escritos a algum tempo e estou postando agora que voltei pra casa.
Vou contar como tudo aconteceu.
Cerca de dois meses atrás todos nós brasileiros começamos a planejar alguma viagem para o meio do ano, afinal a gente precisava aproveitar a oportunidade de estar na Austrália certo? Pois bem, alguns cogitaram Nova Zelândia, outros Ásia ( na qual quase fui convencido), porém eu estava no auge da minha performance na bicicleta, muito animado e pedalando 50-60 km com freqüência, daí surgiu a ideia: Vou para a Tasmânia de bike! Quando disse aos meus amigos todos se animaram e me apoiaram na minha decisão, o que me deu animo pra prosseguir com o plano. Pois bem, comecei a fazer um treino específico para bicicleta na academia, correr quase todo dia, me alimentar melhor, entre outras coisas; tudo no intuito de completar essa jornada. A medida que o tempo passava me sentia apreensivo, por não ter certeza se estava preparado o suficiente, e feliz, pois já começava a sentir melhoras no meu desempenho na bike. Comprei uma barraca, um mochilão e uma sleeping bag e então embarquei no navio rumo ao sul da Austrália.
Animado, ansioso e com mil alertas de cuidado da família, cheguei a Devoport. Cidadezinha pequena, bonita, aconchegante e com poucas porém ótimas opções do que fazer. O hostel onde eu me acomodei era bem no centro da cidade, o que facilitou as coisas. Primeiro fui a um lugar chamado Antique Emporium, onde há muitas coisas antigas e diferentes que fazem a visitar valer a pena. Fiquei cerca de uma hora e meia só circulando dentro da loja, tirando fotos e apreciando várias obras pitorescas e nostálgicas... ótimo lugar, recomendo com certeza!
Em seguida fui andar de bike, afinal era pra isso que eu tinha vindo! Sendo assim resolvi fazer uma famosa trilha pela cidade, chamada Dom River Trail ( há um rio chamado Dom e essa trilha acompanha a linha do trem que corre ao lado dele). O passeio foi muito interessante e recompensante, a trilha era muito tranquila e levava a lugares muito bonitos como o farol da cidade e um ponto onde era possível ver pinguins ( que infelizmente estavam em outro lugar quando passei por lá ). Depois de aproximadamente 35km de trilha e umas boas pedaladas voltei para meu quarto, cansado e feliz.
No dia seguinte resolvi que descansaria, pois iria pedalar uma longa distancia até a próxima cidade e foi o que eu fiz. Descansei, dei umas voltas a pé, fui ao supermercado, andei mais um pouco, li e por fim fui ver o pôr do Sol no farol. Chegando ao hostel, arrumei minhas coisas e desci pra tomar uma cerveja num irish pub bem ao lado, afinal amanhã seria o meu grande desafio.
Obrigado aos fiéis amigos que passam por aqui ocasionalmente e se interessam pelo o que tenho pra contar.
Abraços!
Vou contar como tudo aconteceu.
Cerca de dois meses atrás todos nós brasileiros começamos a planejar alguma viagem para o meio do ano, afinal a gente precisava aproveitar a oportunidade de estar na Austrália certo? Pois bem, alguns cogitaram Nova Zelândia, outros Ásia ( na qual quase fui convencido), porém eu estava no auge da minha performance na bicicleta, muito animado e pedalando 50-60 km com freqüência, daí surgiu a ideia: Vou para a Tasmânia de bike! Quando disse aos meus amigos todos se animaram e me apoiaram na minha decisão, o que me deu animo pra prosseguir com o plano. Pois bem, comecei a fazer um treino específico para bicicleta na academia, correr quase todo dia, me alimentar melhor, entre outras coisas; tudo no intuito de completar essa jornada. A medida que o tempo passava me sentia apreensivo, por não ter certeza se estava preparado o suficiente, e feliz, pois já começava a sentir melhoras no meu desempenho na bike. Comprei uma barraca, um mochilão e uma sleeping bag e então embarquei no navio rumo ao sul da Austrália.
Animado, ansioso e com mil alertas de cuidado da família, cheguei a Devoport. Cidadezinha pequena, bonita, aconchegante e com poucas porém ótimas opções do que fazer. O hostel onde eu me acomodei era bem no centro da cidade, o que facilitou as coisas. Primeiro fui a um lugar chamado Antique Emporium, onde há muitas coisas antigas e diferentes que fazem a visitar valer a pena. Fiquei cerca de uma hora e meia só circulando dentro da loja, tirando fotos e apreciando várias obras pitorescas e nostálgicas... ótimo lugar, recomendo com certeza!
Em seguida fui andar de bike, afinal era pra isso que eu tinha vindo! Sendo assim resolvi fazer uma famosa trilha pela cidade, chamada Dom River Trail ( há um rio chamado Dom e essa trilha acompanha a linha do trem que corre ao lado dele). O passeio foi muito interessante e recompensante, a trilha era muito tranquila e levava a lugares muito bonitos como o farol da cidade e um ponto onde era possível ver pinguins ( que infelizmente estavam em outro lugar quando passei por lá ). Depois de aproximadamente 35km de trilha e umas boas pedaladas voltei para meu quarto, cansado e feliz.
No dia seguinte resolvi que descansaria, pois iria pedalar uma longa distancia até a próxima cidade e foi o que eu fiz. Descansei, dei umas voltas a pé, fui ao supermercado, andei mais um pouco, li e por fim fui ver o pôr do Sol no farol. Chegando ao hostel, arrumei minhas coisas e desci pra tomar uma cerveja num irish pub bem ao lado, afinal amanhã seria o meu grande desafio.
Obrigado aos fiéis amigos que passam por aqui ocasionalmente e se interessam pelo o que tenho pra contar.
Abraços!
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Primeiros dias em Melbourne
Fala pessoal! Como prometido hoje vou escrever um pouco sobre meus primeiros dias em Melbourne, essa cidade maravilhosa!
Em meus primeiros dia aqui na cidade fiquei hospedado no EasyStay Motel, um hotelzinho barato(pros padrões da cidade) mas que me atendeu muito bem em quase tudo. O quarto era ótimo, com chuveiro a gás, fogão, uma ótima cama e uma ótima localização também, porém deixou a desejar em algumas coisas, uma vez que não servia café da manhã e nem possuía Wi-Fi apesar dos $100 dólares cobrados pela diária. Mas nada que as velhas e boas Lan-Houses não resolvessem. Cheguei aqui por volta de 11 horas da noite do dia 12 de fevereiro e depois de 16 horas seguidas de voo tudo que eu queria era tomar um banho e dormir e foi o que eu fiz. No dia seguinte, acordei por volta de 7 horas da manhã e resolvi sair pra conhecer o lugar e poder usar a internet, já que precisava encontrar acomodação o mais rápido possível. Mas aqui não é como o Brasil que a essa hora você já encontra várias coisas abertas, pessoas na rua e gente indo pra escola...As pessoas começam a sair de casa por volta de 8:30 da manhã e então como não havia nada para fazer, fui dar uma volta pela orla da praia.
Já no primeiro dia fui visitar algumas casas e consegui encontrar um bom lugar pra morar, comecei então a explorar a cidade um pouco mais. Querendo dar uma de entendido e machão eu resolvi pegar o trem sozinho, sem perguntar pra ninguém e confiando no meu instinto. Pois bem, paguei o preço...Fui parar na p.... longe!!!
Em meus primeiros dia aqui na cidade fiquei hospedado no EasyStay Motel, um hotelzinho barato(pros padrões da cidade) mas que me atendeu muito bem em quase tudo. O quarto era ótimo, com chuveiro a gás, fogão, uma ótima cama e uma ótima localização também, porém deixou a desejar em algumas coisas, uma vez que não servia café da manhã e nem possuía Wi-Fi apesar dos $100 dólares cobrados pela diária. Mas nada que as velhas e boas Lan-Houses não resolvessem. Cheguei aqui por volta de 11 horas da noite do dia 12 de fevereiro e depois de 16 horas seguidas de voo tudo que eu queria era tomar um banho e dormir e foi o que eu fiz. No dia seguinte, acordei por volta de 7 horas da manhã e resolvi sair pra conhecer o lugar e poder usar a internet, já que precisava encontrar acomodação o mais rápido possível. Mas aqui não é como o Brasil que a essa hora você já encontra várias coisas abertas, pessoas na rua e gente indo pra escola...As pessoas começam a sair de casa por volta de 8:30 da manhã e então como não havia nada para fazer, fui dar uma volta pela orla da praia.
Já no primeiro dia fui visitar algumas casas e consegui encontrar um bom lugar pra morar, comecei então a explorar a cidade um pouco mais. Querendo dar uma de entendido e machão eu resolvi pegar o trem sozinho, sem perguntar pra ninguém e confiando no meu instinto. Pois bem, paguei o preço...Fui parar na p.... longe!!!
Um indiano, obviamente vendo minha cara de "Oh my god" me perguntou se eu estava perdido e eu não tive como negar. Felizmente o cara era uma boa pessoa e me deu as instruções corretas de como chegar onde eu realmente queria... e lá se vão mais 40 minutos de trem.
O centro da cidade de Melboune é bem legal e organizado e possui várias lojas famosas, além de grandes prédios empresariais. As pessoas são educadas e tem paciência quando você pede pra repetir as coisas, o que é importantíssimo, já que o sotaque aqui é bem puxado e leva um tempinho até se acostumar. Eu fui pedir um pedaço de pizza e o atendente começou a falar muito rápido, pedi pra repetir e novamente não entendi. Orgulhoso que sou olhei pra pizza, vi que tinha bacon e falei "Exatamente isso que eu quero, me vê uma!", agora o que eu comi amigos, não me perguntem!
Pra minha felicidade e de todos que tem bom gosto musical não tem ninguém tocando calipso nas ruas aqui e nem Michel Teló, pelo contrário, os artistas de rua aqui são em sua maioria rockeiros, o que me fez pular de alegria. Estava andando na rua e vi uma muvuca, fui me aproximando e comecei a ouvir Starway To Heaven... me aproximei mais um pouco e vi um senhor, de uns 60 anos aproximadamente, tocando um piano no meio da rua e a platéia em volta tirando fotos e distribuindo muitos trocados, que aliás eram merecidos.
No dia seguinte, como não tinha nada para fazer fui continuar meu tour. (Mas dessa vez eu realmente sabia pegar o trem e não fiquei perdido!) No centro de Melbourne comecei a cortar por ruas aleatórias e a medida que ia me chamando atenção eu ia seguindo. Claro que eu possuía um mapa em mãos e também marcava vários "check-points" no celular, assim eu saberia voltar se precisasse. E foi então que eu vi uma bela catedral a distância e resolvi tentar chegar na mesma...e consegui.
Não me lembro como ela se chama, mas se alguém um dia quiser visitá-la fica ao lado da Parliament Train Station, dando esse ponto de referência qualquer um pode te explicar onde é.
Ainda há muito o que visitar aqui e com certeza muitos lugares que merecem várias fotos e posts. Por hoje é só, mas prometo que assim que surgirem mais novidades eu escrevo. Muito obrigado a todos que leram e nos vemos em breve!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
A viagem
Finalmente o dia chegou!! Parecia que estava muito longe mais não estava. O sufoco da ansiedade e o do medo começaram a apertar nos últimos dois dias e foi difícil segurar a barra. Mas depois de ter corrido atrás e desejado tanto isso tudo eu não ia desistir né?
Domingo acordei sem ter dormido (se é que vocês me entendem) e logo pela manhã começou a parte difícil, o último dia, último abraço, último café da manhã (não os últimos da minha vida claro, mas os últimos em bom tempo) e tudo isso deixava o estômago mais embrulhado. Minha mãe, coração mole, chorou pra caramba e eu confesso que soltei umas lagrimas também kkkkkk. Depois de tudo isso fui encontrar meu pai para irmos e ele logo percebeu meu nervosismo. Apesar disso foi um cara perfeito nas atitudes, só me deu apoio e me colocou pra frente apesar de estar com o coração na mão.
Depois de uma viagem tranquila chegamos ao aeroporto e fomos fazer o check-in. Pra mim tudo aquilo era novo, nunca havia nem entrado em um aeroporto e isso me distraiu um pouco. Quando finalmente a mocinha anunciou que o voo estava saindo eu olhei pro meu pai, ele olhou pra mim, demos um abraço apertado. Ele me desejou sorte e disse que estava muito orgulhoso de mim e então, sem olhar pra trás, fui para o avião.
O primeiro voo da minha vida foi tranquilo e eu consegui um lugar na janela, então curti bastante. O avião da LAN tinha um sistema de entretenimento bem legal e eu aproveitei para curtir um rock pesado, como de costume.
Infelizmente, assim que cheguei ao Chile tive a notícia que o segundo voo iria atrasar e só poderíamos ir para a Nova Zelândia no dia seguinte. Algo tinha que dar errado né?! Mas felizmente a empresa nos proporcionou um ótimo hotel para que passássemos a noite e também um ônibus para nos levar e buscar do mesmo.
No dia seguinte cheguei ao aeroporto, passei pela imigração, carimbaram meu passaporte e então peguei o voo para Auckland, e que voo! Foram 13 massantes horas no ar... vi filmes, séries, escutei música e não chegava nunca. Felizmente, ao dar uma andada no avião encontrei um chileno descolado que me chamou pra conversar. Eu falo um pouco de espanhol e deu pra gente bater um papo, quando ele não me entendia ia na mimica mesmo hahahahahahha. Papo vai e papo vem e finalmente o capitão avisou que faltava apenas algumas horas pra chegarmos. Abri a janela correndo e enfim vi terra... e que lugar !
Como havíamos chegado um pouco atrasados mal tive tempo pra respirar e assim que chegamos ao aeroporto fomos avisados que nosso voo já estava saindo e que era para corrermos para o portão 1. Só tive tempo de avisar para todos que estava bem (depois de 13 horas sem dar notícia imaginei que o pessoal estava preocupado) e então entrei no avião da Qantas para a Austrália. Dentro do avião já comecei mal! Espirrei tão forte que caiu um pouco no cara do lado HAHAHAHAHAHAHAHA... coitado, pegou um guardanapo e foi limpando olhando pra mim com uma cara não muito amigável. "Sorry man!" e fiquei quietinho no meu canto.
Depois de 3 horas de voo e muita expectativa finalmente cheguei! Passei pela polícia, fui interrogado, perguntaram se eu tinha algo na bolsa e etc(como se eu fosse falar: "Claro, 3g de cocaína...") e finalmente eu estava liberado para entrar no país que eu sempre sonhei.
Por hoje é tudo! Obrigado aos que leram e compartilham do meu sonho. Na próxima postagem irei falar um pouco mais sobre meus primeiros dias em Melbourne. Valeu galera!
Domingo acordei sem ter dormido (se é que vocês me entendem) e logo pela manhã começou a parte difícil, o último dia, último abraço, último café da manhã (não os últimos da minha vida claro, mas os últimos em bom tempo) e tudo isso deixava o estômago mais embrulhado. Minha mãe, coração mole, chorou pra caramba e eu confesso que soltei umas lagrimas também kkkkkk. Depois de tudo isso fui encontrar meu pai para irmos e ele logo percebeu meu nervosismo. Apesar disso foi um cara perfeito nas atitudes, só me deu apoio e me colocou pra frente apesar de estar com o coração na mão.
Depois de uma viagem tranquila chegamos ao aeroporto e fomos fazer o check-in. Pra mim tudo aquilo era novo, nunca havia nem entrado em um aeroporto e isso me distraiu um pouco. Quando finalmente a mocinha anunciou que o voo estava saindo eu olhei pro meu pai, ele olhou pra mim, demos um abraço apertado. Ele me desejou sorte e disse que estava muito orgulhoso de mim e então, sem olhar pra trás, fui para o avião.
O primeiro voo da minha vida foi tranquilo e eu consegui um lugar na janela, então curti bastante. O avião da LAN tinha um sistema de entretenimento bem legal e eu aproveitei para curtir um rock pesado, como de costume.
Infelizmente, assim que cheguei ao Chile tive a notícia que o segundo voo iria atrasar e só poderíamos ir para a Nova Zelândia no dia seguinte. Algo tinha que dar errado né?! Mas felizmente a empresa nos proporcionou um ótimo hotel para que passássemos a noite e também um ônibus para nos levar e buscar do mesmo.
No dia seguinte cheguei ao aeroporto, passei pela imigração, carimbaram meu passaporte e então peguei o voo para Auckland, e que voo! Foram 13 massantes horas no ar... vi filmes, séries, escutei música e não chegava nunca. Felizmente, ao dar uma andada no avião encontrei um chileno descolado que me chamou pra conversar. Eu falo um pouco de espanhol e deu pra gente bater um papo, quando ele não me entendia ia na mimica mesmo hahahahahahha. Papo vai e papo vem e finalmente o capitão avisou que faltava apenas algumas horas pra chegarmos. Abri a janela correndo e enfim vi terra... e que lugar !
Como havíamos chegado um pouco atrasados mal tive tempo pra respirar e assim que chegamos ao aeroporto fomos avisados que nosso voo já estava saindo e que era para corrermos para o portão 1. Só tive tempo de avisar para todos que estava bem (depois de 13 horas sem dar notícia imaginei que o pessoal estava preocupado) e então entrei no avião da Qantas para a Austrália. Dentro do avião já comecei mal! Espirrei tão forte que caiu um pouco no cara do lado HAHAHAHAHAHAHAHA... coitado, pegou um guardanapo e foi limpando olhando pra mim com uma cara não muito amigável. "Sorry man!" e fiquei quietinho no meu canto.
Depois de 3 horas de voo e muita expectativa finalmente cheguei! Passei pela polícia, fui interrogado, perguntaram se eu tinha algo na bolsa e etc(como se eu fosse falar: "Claro, 3g de cocaína...") e finalmente eu estava liberado para entrar no país que eu sempre sonhei.
Por hoje é tudo! Obrigado aos que leram e compartilham do meu sonho. Na próxima postagem irei falar um pouco mais sobre meus primeiros dias em Melbourne. Valeu galera!
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Austrália, um sonho realizado!
Como todos sabem consegui realizar um sonho que sempre tive, ir pra Austrália! Mas tudo isso que aconteceu na minha vida, apesar de ter tido muito esforço da minha parte, não consegui sozinho.
Resumidamente, tudo começou muito tempo atrás assim que entre pra gloriosa Universidade Federal de Lavras no curso de Sistemas de Informação, um curso que na verdade era minha segunda opção e que hoje agradeço de ter escolhido. Sempre li notícias relacionadas a área e num belo dia, em uma revista qualquer, li o seguinte título: "Austrália, um mar de oportunidades". Me interessei logo de cara e resolvi dar uma olhada. A matéria falava sobre as possibilidades de trabalhar no país e ganhar um bom dinheiro. Pensei "vou unir o útil ao agradável, pois o país é espetacular e ainda posso fazer o que gosto!". Conversei com o autor da matéria, perguntei muitas coisas e acabei definindo como meta(ou sonho) ir tentar a sorte lá um dia. Desde então sempre comentei com amigos e parentes sobre meu interesse e cheguei a juntar dinheiro pra quem sabe um dia ir. Passados dois anos, conversei com meu pai e disse:
-Pai, falta pouco pra formar e queria te falar que tenho muita vontade fazer um intercâmbio, o que você acha?
Ele, paizão, disse:
-Claro filho, vamos juntar uma grana, fazer o que for possível e se você merecer até lá(não podia faltar né pai??hahaha) eu te ajudo.
Fiquei super feliz com a ideia e cada dia que passava eu me imaginava lá na Austrália vendo um show do AC/DC ao vivo!!!!
Alguns meses depois, acessando o site da faculdade como faço com certa frequência vi um artigo com o título "Inscrições abertas para o ciência sem fronteiras", como diria um amigo meu "Tô fazendo nada mesmo", peguei e fui dar uma lida. VISHHHHH! Era a oportunidade perfeita.
No mesmo instante comecei a correr atrás de tudo, fiz o IELTS, me inscrevi para o programa no último dia certinho (estava esperando o resultado do exame de inglês) e fiquei aguardando. Dois meses depois a grande notícia, eu havia sido aprovado!
Hoje, poucos dias antes da viagem olho pra trás e sinto orgulho de ter conseguido tudo isso com meu esforço e dedicação, além claro do apoio dos amigos e familiares, estes aliás que gostaria de agradecer nas próximas linhas.
Obrigado aos grandes amigos de Lavras e principalmente da minha amada república Pirambeira, a qual faço orgulho de pertencer.
Resumidamente, tudo começou muito tempo atrás assim que entre pra gloriosa Universidade Federal de Lavras no curso de Sistemas de Informação, um curso que na verdade era minha segunda opção e que hoje agradeço de ter escolhido. Sempre li notícias relacionadas a área e num belo dia, em uma revista qualquer, li o seguinte título: "Austrália, um mar de oportunidades". Me interessei logo de cara e resolvi dar uma olhada. A matéria falava sobre as possibilidades de trabalhar no país e ganhar um bom dinheiro. Pensei "vou unir o útil ao agradável, pois o país é espetacular e ainda posso fazer o que gosto!". Conversei com o autor da matéria, perguntei muitas coisas e acabei definindo como meta(ou sonho) ir tentar a sorte lá um dia. Desde então sempre comentei com amigos e parentes sobre meu interesse e cheguei a juntar dinheiro pra quem sabe um dia ir. Passados dois anos, conversei com meu pai e disse:
-Pai, falta pouco pra formar e queria te falar que tenho muita vontade fazer um intercâmbio, o que você acha?
Ele, paizão, disse:
-Claro filho, vamos juntar uma grana, fazer o que for possível e se você merecer até lá(não podia faltar né pai??hahaha) eu te ajudo.
Fiquei super feliz com a ideia e cada dia que passava eu me imaginava lá na Austrália vendo um show do AC/DC ao vivo!!!!
Alguns meses depois, acessando o site da faculdade como faço com certa frequência vi um artigo com o título "Inscrições abertas para o ciência sem fronteiras", como diria um amigo meu "Tô fazendo nada mesmo", peguei e fui dar uma lida. VISHHHHH! Era a oportunidade perfeita.
No mesmo instante comecei a correr atrás de tudo, fiz o IELTS, me inscrevi para o programa no último dia certinho (estava esperando o resultado do exame de inglês) e fiquei aguardando. Dois meses depois a grande notícia, eu havia sido aprovado!
Hoje, poucos dias antes da viagem olho pra trás e sinto orgulho de ter conseguido tudo isso com meu esforço e dedicação, além claro do apoio dos amigos e familiares, estes aliás que gostaria de agradecer nas próximas linhas.
Obrigado aos grandes amigos de Lavras e principalmente da minha amada república Pirambeira, a qual faço orgulho de pertencer.
Obrigado aos fiéis amigos de infância e aos novos e não menos especiais
Obrigado a toda família que sempre me deu todas as condições,instruções e amor pra ser alguém na vida
É isso galera! Agradeço aos que leram até o fim e prometo postar muitas fotos além de escrever bastante sobre essa experiência que, com certeza, ficará marcada na memória!
Abraços!
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Aos poucos
Caros, e poucos, amigos que leem meu blog, hoje senti uma das melhores sensações que já havia sentido, e não , eu não era virgem ok ?
Pois bem, acabou meu período de estágio em uma empresa aqui da cidade onde estudo.Não serei hipócrita, eu sabia que continuaria trabalhando ali , pois nunca me negaram essa oportunidade, mas alguns dias antes havia comentado que gostaria de tirar alguns dias de férias, pois passei o mês de Julho praticamente inteiro trabalhando. Geralmente se diz "estagiário não tem férias" ou "estagiário trabalha em dobro e não tem que receber mais por isso" e eu já pensava em um modo de negociar pelo menos uma semana, tamanha demora que foi pra responder minha requisição. Hoje finalmente recebi minha resposta e não foi uma qualquer!
Foi tanta a felicidade que resolvi compartilhar com os amigos. Recebi não só todos os dias de férias que havia pedido assim como uma nova proposta para ficar na empresa!!! Não bastasse isso, foi me oferecido um aumento pelo desempenho apresentado e pelo interesse que eu ficasse.
Nem consigo descrever totalmente minha felicidade! Me senti valorizado, que todo meu esforço e dedicação finalmente valeram a pena. Aliás , mais um ponto para meu querido pai, que no meu primeiro dia na empresa me disse "Filho, dedique-se ao máximo, vista a camisa e tenho certeza que reconhecerao seu trabalho."
Obrigado a todos meus amigos e a meu pai, que sempre acreditaram no meu sucesso!
Um grande abraço a todos!
Pois bem, acabou meu período de estágio em uma empresa aqui da cidade onde estudo.Não serei hipócrita, eu sabia que continuaria trabalhando ali , pois nunca me negaram essa oportunidade, mas alguns dias antes havia comentado que gostaria de tirar alguns dias de férias, pois passei o mês de Julho praticamente inteiro trabalhando. Geralmente se diz "estagiário não tem férias" ou "estagiário trabalha em dobro e não tem que receber mais por isso" e eu já pensava em um modo de negociar pelo menos uma semana, tamanha demora que foi pra responder minha requisição. Hoje finalmente recebi minha resposta e não foi uma qualquer!
Foi tanta a felicidade que resolvi compartilhar com os amigos. Recebi não só todos os dias de férias que havia pedido assim como uma nova proposta para ficar na empresa!!! Não bastasse isso, foi me oferecido um aumento pelo desempenho apresentado e pelo interesse que eu ficasse.
Nem consigo descrever totalmente minha felicidade! Me senti valorizado, que todo meu esforço e dedicação finalmente valeram a pena. Aliás , mais um ponto para meu querido pai, que no meu primeiro dia na empresa me disse "Filho, dedique-se ao máximo, vista a camisa e tenho certeza que reconhecerao seu trabalho."
Obrigado a todos meus amigos e a meu pai, que sempre acreditaram no meu sucesso!
Um grande abraço a todos!
terça-feira, 24 de maio de 2011
Semana Acadêmica - Dia 23/05
Falai pessoal tudo bem ?
Ontem começou a Semana Acadêmica aqui na Universidade Federal de Lavras e tivemos vários cursos e palestras disponíveis dos mais variados temas. Felizmente , dessa vez consegui me inscrever em vários cursos interessantes , o contrário do evento passado que havia poucas vagas e o pessoa ficava esperando horas para se inscrever(não tenho paciência).A principal atração dessa segunda feira foi a empresa ThoughtWorks , uma multi-nacional com sede em Porto Alegre e que se dispôs a mandar seus funcionários para dar palestras e mini cursos aqui em Lavras (é muito boa vontade).
Primeiramente tivemos a palestra "Agile , more than just writing code", ministrada por Amit Kaul. Abaixo segue a descrição da palestra:
"We often think of Agile best practices as tools for writing great software, however at ThoughtWorks we use similar concepts and tools to manage our business. This session will cover how we implement Agile best practices and concepts within various areas of our business including Recruiting, Finance, People Management and Team Design, Facilities, Operations, and more! We will also take a look into ThroughtWorks Brasil and discuss how an open-space environment is the key ingredient to foster innovation and collaboration."
A palestra foi muito interessante e aprendemos principalmente sobre a disciplina que os métodos ágeis criam em seus adeptos. Vimos também a importância do trabalho em equipe e como metodos como o Scrum , XP e vários outros existentes usam esse ponto a nosso favor, já que sempre se trabalha em pares.
Logo após a palestra foi "Usando linguagens a seu favor", ministradas por Vinicius Gomes e Mozair do Carmo Junior, ambos ThoughtWorkers.
"Nesta palestra vamos discutir a importância de se escrever código legível em times de desenvolvimento de software ou em qualquer outro ambiente colaborativo. Abordaremos algumas práticas e técnicas comuns para produzir código testável e legível, entre elas, destacaremos: refatoração, domain driven design, test driven design, padrões de implementação, domain specific languages. O objetivo desta apresentação é trazer aos espectadores uma visão geral e um conjunto de boas práticas que possa ajudá-lo a desenvolver software com maior qualidade."
Palestra muito interessante também, recebemos várias dicas sobre como melhorar nossos códigos e torna-los mais fáceis de entender,já que hoje em dia os maiores custos em softwares se referem a manutenção dos mesmos, o que torna escrever um código limpo extremamente necessário.
Por ultimo e não menos interessante houve um Coding Dojo na linguagem C# , ministrada por Ananth Subrahmanya ,Vinicius Gomes e Mozair do Carmo Junior. Não há uma descrição do evento em si , deve-se somente saber o que é um dojo. Como esse foi meu primeiro não posso dizer-lhes se foi bom ou ruin tecnicamente , mas pessoalmente achei interessantíssimo pois faz com que as pessoas interajam por um objetivo comum, sempre buscando aprender mais sobre a linguagem. O pessoal que ministrou a palestra ajudou bastante , nos deu idéias e também dicas de implementação.
Não posso deixar de dizer claro sobre o contato direto com pessoas que falavam o inglês fluente , o que é muito bom para quem quer aprimorar a fluência na lingua. A primeira palestra e o dojo foram totalmente ministradas na língua norte-americana e fiquei muito feliz por entender 95% daquilo que foi dito.
É isso ai pessoal, quem se interessou procure saber mais sobre a thoughtworks e seus programas , garanto que não vão se arrepender. Um grande abraço a todos.
Ontem começou a Semana Acadêmica aqui na Universidade Federal de Lavras e tivemos vários cursos e palestras disponíveis dos mais variados temas. Felizmente , dessa vez consegui me inscrever em vários cursos interessantes , o contrário do evento passado que havia poucas vagas e o pessoa ficava esperando horas para se inscrever(não tenho paciência).A principal atração dessa segunda feira foi a empresa ThoughtWorks , uma multi-nacional com sede em Porto Alegre e que se dispôs a mandar seus funcionários para dar palestras e mini cursos aqui em Lavras (é muito boa vontade).
Primeiramente tivemos a palestra "Agile , more than just writing code", ministrada por Amit Kaul. Abaixo segue a descrição da palestra:
"We often think of Agile best practices as tools for writing great software, however at ThoughtWorks we use similar concepts and tools to manage our business. This session will cover how we implement Agile best practices and concepts within various areas of our business including Recruiting, Finance, People Management and Team Design, Facilities, Operations, and more! We will also take a look into ThroughtWorks Brasil and discuss how an open-space environment is the key ingredient to foster innovation and collaboration."
A palestra foi muito interessante e aprendemos principalmente sobre a disciplina que os métodos ágeis criam em seus adeptos. Vimos também a importância do trabalho em equipe e como metodos como o Scrum , XP e vários outros existentes usam esse ponto a nosso favor, já que sempre se trabalha em pares.
Logo após a palestra foi "Usando linguagens a seu favor", ministradas por Vinicius Gomes e Mozair do Carmo Junior, ambos ThoughtWorkers.
"Nesta palestra vamos discutir a importância de se escrever código legível em times de desenvolvimento de software ou em qualquer outro ambiente colaborativo. Abordaremos algumas práticas e técnicas comuns para produzir código testável e legível, entre elas, destacaremos: refatoração, domain driven design, test driven design, padrões de implementação, domain specific languages. O objetivo desta apresentação é trazer aos espectadores uma visão geral e um conjunto de boas práticas que possa ajudá-lo a desenvolver software com maior qualidade."
Palestra muito interessante também, recebemos várias dicas sobre como melhorar nossos códigos e torna-los mais fáceis de entender,já que hoje em dia os maiores custos em softwares se referem a manutenção dos mesmos, o que torna escrever um código limpo extremamente necessário.
Por ultimo e não menos interessante houve um Coding Dojo na linguagem C# , ministrada por Ananth Subrahmanya ,Vinicius Gomes e Mozair do Carmo Junior. Não há uma descrição do evento em si , deve-se somente saber o que é um dojo. Como esse foi meu primeiro não posso dizer-lhes se foi bom ou ruin tecnicamente , mas pessoalmente achei interessantíssimo pois faz com que as pessoas interajam por um objetivo comum, sempre buscando aprender mais sobre a linguagem. O pessoal que ministrou a palestra ajudou bastante , nos deu idéias e também dicas de implementação.
Não posso deixar de dizer claro sobre o contato direto com pessoas que falavam o inglês fluente , o que é muito bom para quem quer aprimorar a fluência na lingua. A primeira palestra e o dojo foram totalmente ministradas na língua norte-americana e fiquei muito feliz por entender 95% daquilo que foi dito.
É isso ai pessoal, quem se interessou procure saber mais sobre a thoughtworks e seus programas , garanto que não vão se arrepender. Um grande abraço a todos.
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